domingo, 13 de fevereiro de 2011

Que bom.

Que bom é descobrir que ainda existe hum... e se existe é bom. Obrigado.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

E como tal... o pano levantou-se... e...

a peça continua. Zzt... zzt... o dramaturgo sofre pela conjugação dos eventos e dos papéis de cada personagem... mas o sofrimento (ou prazer) descura a última fronteira. A da capacidade de manutenção do diálogo após a elevação consciente do muro do silêncio. Tal como Pai que na supra e derradeira lição de vida ao filho amado, contudo impúbere, decide a instauração do silêncio como forma de aquisição forçada de tenacidade e resistência perante as enúmeras adversidades que a vida imporá ao seu querido filho. A dureza do silêncio é ferramenta de crescimento. O filho, desperto, reconhece a estratégia do pai, fica-lhe internamente agradecido, mas sabe já não existir retorno perante a incapacidade, auto-imposta pelo progenitor, do não estendimento do braço, da não carícia, do não abraço, do não diálogo, da não comunicação. Ele intui, na sua juventude, que o pai o realiza por si, mas sente que a distância do poder geracional está deslocada perante a não tentativa de compreensão do seu eu, da falta de confiança existente nele, perante a sua capacidade de discernimento entre os limites que a vida impõe e que o pai, na sua bondade, pretende que ele compreenda à força de omissões. Este sistema adoptado será certo certamente e o dramaturgo não terá dúvidas sobre ele, pois leu-o aplicado em literatura e plasmou-o na sua peça de teatro. No decorrer da peça amigos perderam conteúdo interno para dialogar fruto do silêncio imposto pelo pai. O filho aprendeu a conviver com isso... no fundo a estratégia do pai resulta e o dramaturgo sabe-o como ninguém, o público apreciará a cena final: O pai tenta falar com o filho, já na cama do hospital, mas o filho quando chega para tudo dizer assoma-se e ouve: uuu... piiiiii................. a máquina não apresenta já batimentos cardíacos. Tudo ficou por dizer.

O texto do regozijo.

Ahhh.... Ahhhh....
Ahhh.... Ahhhh....
Ahhh.... Ahhhh....
Ahhh.... Ahhhh....

Quatro vezes para não dizer três que é pretensamente um número mágico.

Não confundir o Ahhh.... Ahhhh.... com loucura... é puro riso pela depravação da mente sobre o não/sim (dicotomia) da alma. A alma é pura. A alma é binária. Está não está. Existe não existe. Anima não anima. A mente é perversa. É límbica. É atroz. É dissimulada. Busca o prazer pelo engano. Busca o domínio pela ilusão. E é por estes textinhos deprimentes que sou como sou e que que acredito no Homem liberto através da união da mente com a alma (espírito) assente na intuição do bom sobre o mau, assumindo e reconhecendo a infinitude cromática de permeio entre o nigredo e o rubedo. Talvez em fase de Albedo.

Pessoa defende que a metafísica lhe parecia loucura latente...

"Se conhecêssemos a verdade, vê-la-íamos; tudo (o) mais é sistema e arredores. Basta-nos, se pensarmos, a incompreensibilidade do universo; querer compreendê-lo é ser menos que homens, porque ser homem é saber que se não compreende.

Trazem-me a fé como um embrulho fechado numa salva alheia. Querem que o aceite, mas que o não abra. Trazem-me a ciência, como uma faca num prato, com que abrirei as folhas de um livro de páginas brancas. Trazem-me a dúvida, como pó dentro de uma caixa; mas para que me trazem a caixa se ela não tem senão pó?

Na falta de saber, escrevo; e uso os grandes termos da Verdade. Alheios conforme as exigências da emoção. Se a emoção é clara e fatal, falo, naturalmente, dos Deuses, e assim a enquadro numa consciência do mundo múltiplo. Se a emoção é profunda, falo, naturalmente, de Deus, e assim a engasto numa consciência una. Se a emoção é um pensamento, falo, naturalmente, do Destino, e assim a encosto à parede."

 Fernando Pessoa

Write whatever comes to fingers

Se escrevermos o que nos vem à ponta dos dedos, dedicamente realizamos a singela concessão à alma da ilusão de que os dedos possuem liberdade para escrever, para escrever e decidir, para decidir o que escrever.

E como neste momento me apetece a sensação do controlo da vontade arbitría dos dedos subjugados à elevada magnanimidade da minha alma vou-lhes dar uma ordem psique: acabou o texto.

Hummm que bom sabe ser despóta... dedinhos filhos da p... voçês que se lixem. Hoje quem manda sou eu.

God's Desert - A taste of LIVE.

Live to have a sense cannot dispense God's (tastefull) Desert...